Fractal de amor

A capacidade que temos de amar é muito grande. Cada vez mais vejo que essa fronteira do limite do amor não existe, é como um fractal. Sempre que fazemos zoom naquele que achamos ser o limite do nosso amor, descobrimos que se transforma num outro desenho, com um limite diferente... Por isso a capacidade de amar tende para infinito. E tende mesmo. E vejo-o, todos os dias. É como se o coração se moldasse para caber mais um pouco de amor, mais um pouco do outro... e é tão bom!

No domingo passado, dia 15 de Outubro, fez um mês desde que voltei. Tenho ainda muito vivas na memória e no coração as experiências que tive em Carapira. Vejo a cada dia que o meu coração expandiu. Mudou. Não que eu não amasse antes, não que não tivesse o coração cheio. Mas agora mudou, parece que tudo o que vejo, tudo o que oiço, tudo o que vivo, abraço-o com um amor fora de série. Como se tudo tivesse dentro de mim e eu tivesse de abraçar todas as causas, todas as injustiças, todas as justiças, todas as perdas, todas as vitórias. Sei que não vou mudar o mundo por o abraçar todo, como um todo, no meu coração. Mas sei que ele cabe lá dentro. E gosto de acreditar que só ao pensar nas coisas já estou a fazer parte delas, só ao preocupar-me e ao lembrar-me já estou a rezar. E com o poder da oração posso ser capaz de mudar uma gota deste mundo. Mas todo ele cabe no meu coração. Vejo, a cada dia que passa, que afinal o meu coração é um fractal de amor.

PS: Os fractais existem na natureza. São explicados matematicamente. Se quiserem saber mais sobre fractais aqui fica o link.