Criatividade do Amor




Hoje emocionei-me a ver um daqueles vídeos que circulam por aí de uma senhora que fazia 87 anos (acho) e que os vizinhos todos se organizaram a cantar os parabéns nas janelas e varandas, como surpresa. Foi em Espanha este. Já vi outros do género, até em Portugal. Emocionei-me. Logo eu que não sou de me emocionar, eu que tenho lágrimas difíceis de sair. Quando dei por mim lá ia ela a escorrer pela cara abaixo. 
Emocionei-me porque vi amor. Vi amor em tempos de covid. E porque a humanidade ainda é bonita, porque dos corações palpitam acções de cuidado e serviço uns para com os outros.  É bonito ver esta onda de humanidade a despertar, deste amor caritas que tantas vezes se fala, que tantas vezes falo e sinto. Um amor desmedido, sem fronteiras, sem razão nem interesse.
Também hoje ouvi uma mensagem do Papa Francisco para esta Semana Santa (que dava pano para mangas falar sobre tudo o que sinto sobre este tempo tão especial e importante para mim como cristã e tão estranho nestes tempos que correm, mas não é isso hoje). O Papa dizia, e cito, "Mesmo isolados, o pensamento e o espírito podem ir longe com a criatividade do amor. É do que precisamos hoje: criatividade do amor." E isto tem estado a ressoar aqui dentro de mim... criatividade do amor. Que imagem tão bonita! Não é já isso que se tem visto um pouco pelo mundo todo? Estes vídeos reais que emocionam são personificações deste amor criativo, que não usa o toque físico, as carícias e os abraços mas que toca profundamente o coração. É um amor que nos faz estar perto. 
Nestes tempos estranhos, de medo e insegurança, sejamos criativos, sejamos amor. 

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